Voltei a escrever aqui passado tanto tempo e porquê?
Porque por raios e coriscos conheci uma fonte, uma fonte
inesgotável de vida, forma de amor que
transmigra e se reinventa, uma dose de
caracóis servidos com uma imperial
geladinha num final de tarde quente de Junho, brisa que sopra na nuca e que arrepia, um trovão que põe o coração a bater...
e naquela ribeira trocaste o lençol por um
CD e meteste todos os peixes a dançar, abalroado pela fantasia chego-me ao pé, a terra desliza e aterro no lodo, levanto os olhos e limpo a areia com as mãos e vejo-te ali tão perto com os tornozelos cheios de lama a mexerem-se num ritmo doce e poderoso como se o universo colidisse em milhões de
partículas e que tudo
começasse de novo. Minha destruidora e criadora do mundo...